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Mostrando postagens de abril, 2007

Griffensaios

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ano 4 #20 abril 07 O livro reúne 95 imagens em cinco ensaios fotográficos: moradores de rua, Jundiaí, street art, São Paulo e Londres. Outros ensaios: arquitetura, turismo, literatura, progresso e jornalismo. Organizado por Flavio F. A. Andrade e Reinaldo Reigrimar, com prefácio do professor e escritor Douglas Tufano. “ Este ensaio nos convida entre palavras e fotos a uma reflexão sobre o que estamos fazendo para melhorar o nosso mundo. ” (Valéria Gonçalvez Repórter fotográfica do Jornal O Estado de S. Paulo) >>148 páginas, formato 21x21 cm, >> 95 fotografias p&b >> texto em português Informações: revistagriffe@yahoo.com.br _______________________________ Coquetel de Lançamento do livro (fotos) Clipping (Leia o que foi publicado sobre o livro) ______________________________________ R$ 30,00 € 10,00 + postagem COMO COMPRAR
OPINIÕES SOBRE A GRIFFE Douglas Tufano - professor e escritor Valéria Gonçalvez - Repórter fotográfica do Jornal O Estado de S. Paulo

NOTA DOS ORGANIZADORES

Flavio F. A. Andrade & Reinaldo Reigrimar A idéia de uma edição em livro-revista contendo os ensaios fotográficos realizados até hoje nasceu de uma conversa com um leitor que solicitava todos os exemplares da Griffe. É desta necessidade de concentrar em uma mesma edição as melhores fotos e ensaios produzidos ao longo dos três anos e outros inéditos, que nasce mais uma revista. Importante como registro histórico da época que vivemos. A Revista Griffe mais uma vez contribui com um pequeno, porém sólido tijolo na construção da história. Fazer uma edição de aniversário é sempre mais complicado. Há a cobrança por sair tudo o mais perfeito possível. Mais do que isso, nos superarmos. A capa, as fotos, os textos, tudo merece um tratamento diferenciado porque o usuário desta “griffe” é exigente. É grande a expectativa do público para a próxima “tendência”. Celebramos nosso 3º aniversário. Acontecimento que representa para o setor editorial uma vitória, neste mundo competitivo onde todos es...
TURISMO, ARQUITETURA E LEIS DE INCENTIVO Flavio F. A. Andrade

AFINAL, ATÉ ONDE VAI O PROGRESSO?

Fernanda Felicioni Lembra do desenho do pica-pau? E aquele episódio em que uma árvore estava no meio do caminho impedindo a construção de uma importante estrada? Parece que ainda vejo: o progresso queria derrubá-la e comprou a maior briga com o cabeça-vermelha! O progresso era isso. Sair derrubando tudo que via pela frente sem se preocupar com a importância que cada árvore ou planta tinha para o meio ambiente e para garantir a sobrevivência do mundo. Só o concreto tinha valor. Mas o reinado do concreto está com os dias contados. Agora, com a divulgação do relatório sobre o aquecimento global que constatou o superaquecimento do planeta, inteiramente por nossa culpa, o homem está tomando ciência dos problemas ambientais sérios e está havendo um recuo. É, parece que o progresso chegou ao limite. Vejamos alguns pontos: depois de construir importantes avenidas sobre dezenas de rios da cidade, a Prefeitura de São Paulo estuda devolver os córregos ao meio ambiente com medo do impacto ambienta...

“TURISTAS” REALÇA FRAGILIDADE DO TURISMO BRASILEIRO

Jose Marabezi Patético. Pífio. Pobre. Presunçoso. Essas quatro palavras são suficientes para externar minha completa frustração com relação ao turismo no Brasil. A EMBRATUR só pode estar brincando ao tentar convencer a população brasileira a boicotar o filme “Turistas”. Para quem ainda não sabe, o filme conta a história de um grupo de jovens estrangeiros que decidem passar férias no Rio de Janeiro, movidos pelos encantos do clima tropical e das belas praias na cidade maravilhosa. Infelizmente porém, as férias sob o sol do Rio se transformam em tragédia quando o grupo é drogado, sequestrado, torturado e alguns morrem devido ao tráfico clandestino de órgãos. É um bom thriller que recomendo para você tirar suas próprias conclusões. O objetivo da EMBRATUR em tentar boicotar o filme, basea-se na presunçosa teoria de que o filme, potencialmente, pode prejudicar a imagem do Rio de Janeiro e do turismo brasileiro de modo geral. A EMBRATUR só pode estar brincando. A imagem do turismo brasileiro...

ENTRE O FIM DO MUNDO E O FIM DO MÊS

Flavio F. A. Andrade Inquestionável. Ficamos com o fim do mês. O fim do mundo ainda está longe de acontecer, outra vez. Principalmente para nós, brasileiros. Ele já aconteceu! Aqui a preocupação é outra. Como diria um poeta brasileiro, “minha dor de dente é mais importante que a guerra no Iraque”. A frase se aplica perfeitamente ao que estamos vivendo ultimamente – dois assuntos que permanecem no noticiário brasileiro: a guerra no Iraque e o aquecimento global. Em uma atitude imediata e inevitável, eu diria, a mídia e ativistas, com seus discursos repetidos, alertam para as conseqüências do aquecimento global, tardiamente. O fim do mundo é anunciado nas manchetes dos jornais diários. O que isso importa para um brasileiro cuja preocupação diária é não passar fome, é a dor de dente que persiste naquele cidadão que vive abaixo da linha da pobreza e que não tem dinheiro para cuidar de suas necessidades básicas? Ou as preocupações de uma família que vive no morro, numa favela domi...

ENCENAÇÕES COSMOPOLITAS DE SÃO PAULO

Juan Droguett Ver e sentir a cosmopolita São Paulo para aqueles que convivem o dia a dia com seus espaços e construções significa, no mínimo, um exercício experimental que coloca à prova nossas habilidades perceptivas, em um exercício de reconstrução do passado para entender o momento presente de uma das maiores cidades da América Latina. Infinitas imagens compõem esse caleidoscópio social, cultural e artístico que conjuga o tempo real no espaço simbólico refratado nas mega-construções e no asfalto de vias modernas desta metrópole brasileira. A cidade de São Paulo, no início da colônia, manteve-se intacta às mudanças sutis do olhar de seus habitantes e visitantes. Durante o século XIX transformou os padrões horizontais dos casarios, substituindo o barro socado pela tecnologia das alvenarias e introduziu o estilo arquitetônico europeu, em uma ótica voltada para o exterior, o espaço público, desapropriando o olhar do cidadão e voltando-se para si. Hoje São Paulo celebra uma diversidade d...

O FANTASMA DA ÓPERA

Cristina Tischer Ranalli Le Fantôme d l´Opéra, O Fantasma da Ópera, de Gaston Leroux (1869-1924), é uma obra-prima da literatura francesa, publicado pela primeira vez em 1911. Em 1924 esta obra foi adaptada para a película e a partir daí ganhou muitas outras adaptações na história do cinema, bem como na história do teatro, pelo mundo todo. A versão mais famosa é de Lloyd Webber, compositor britânico, que fez a mais conhecida adaptação do livro para o teatro. Em Londres, a peça é apresentada desde 09 de outubro de 1986 no teatro Her Majesty´s e finalmente chegou ao Brasil em 21 de abril de 2005 no Teatro Abril, São Paulo. Todavia, Webber não se satisfez apenas com a linguagem teatral e em 2004 lança a adaptação cinematográfica da obra de Gaston Leroux. A história gira em torno de um triângulo amoroso entre Christine Daaé, Raoul (o visconde de Chagny) e o Fantasma (Erik) numa locação propícia ao romantismo e ao suspense: L´Opéra de Paris. O triângulo amoroso é um tema recorrente na liter...

O SENSACIONALISMO NOSSO DE CADA DIA

Ieda Cavalcante dos Santos O sensacionalismo é um componente comum do noticiário da imprensa em geral. Seu crescimento tem provocado reações de especialistas e observadores. Alguns atribuem este fato aos excessos da violência urbana no país. Outros destacam a disputa entre os veículos de comunicação; as notícias sensacionalistas seriam recursos para aumentar os índices de leitura e audiência. Ao mesmo tempo que isso ocorre, é certo que o sensacionalismo sempre andou de mãos dadas com o jornalismo. Determinados acontecimentos, já nos primórdios do jornalismo, eram tratados como a notícia do dia e transformados em narrativas mirabolantes e fantásticas. Tratam-se dos fait divers que, nos EUA, foram utilizados de maneira eficaz no final século XIX e início do século XX para impulsionar a venda dos jornais de dois magnatas da comunicação daquele país: Joseph Pullitzer e William Hearst. Neste contexto, marcado ainda pelo imperialismo britânico, Nilson Lage – em um de seus estudos - argumenta...

OS MORADORES DE RUA ESPELHANDO UM ÂNGULO DA DESORGANIZAÇÃO SOCIAL

Reinaldo Sampaio Pereira É desesperador e triste verificar a que ponto está chegando a falta de sensibilidade (ao que parece, cada vez mais generalizada) em relação a questões sociais. Não é necessária grande capacidade especulativa para perceber que as grandes cidades cada vez mais acumulam inúmeros e graves problemas de diversas naturezas: trânsito caótico, violência dos mais variados tipos, péssimas condições de sobrevivência, etc. Um dos problemas reveladores do caos social são os moradores de rua. Parece haver, de modo cada vez mais acentuado, a percepção que eles se tornam problema apenas quando parcela da população tem contato direto com eles, ou então quando é preciso desviar ínfima parte do dinheiro público para ao menos possibilitar que parte deles não morra de fome, de frio ou se torne vítima da violência à qual fica desprotegidamente exposta. O juízo que atribui toda a culpa da morte de um morador de rua a ele mesmo, após haver a sua recusa para ser recolhido em um abrigo p...

O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA: ÚLTIMO DITADOR AFRICANO?

Andréia T. Couto Faleceu em janeiro de 2007 o escritor Ryszard Kapuscinski, autor, entre outros, de O Imperador e Ébano. Kapuscinnski se notabilizou, entre nós, principalmente por causa deste último, uma coletânea de textos que confeccionou ao longo de 20 anos como jornalista correspondente na África de um jornal da Polônia, sua terra natal. Para alguns, era um dos grandes representantes ainda vivos do Jornalismo Literário. Sua morte coincidiu com o lançamento de um dos filmes mais esperados do ano, O Último Rei da Escócia, baseado no livro homônimo de Giles Foden, dirigido por Kevin Macdonald e protagonizado por Forest Witaker, impecável na pele de Idi Amim. Chegou a aprender suahili, que fala em várias partes do filme, para dar mais veracidade ao ditador (embora, segundo Kapuscinski, “mal sabia ler em inglês e não conhecia bem o idioma suahili. A única língua na qual se sentia à vontade era a de Kakwa, pouco conhecida no país”). Sua interpretação é tão carismática que quando sorri pa...

VIDA DE RUA

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Flavio F. A. Andrade O fotodocumentário Vida de Rua tem como objetivo principal registrar a realidade dos moradores de rua de Jundiaí e região, com enfoque no cotidiano. O que leva uma pessoa a morar nas ruas? Apesar de mostrarmos uma realidade local, a questão não se limita ao município. Fica evidente que este não é problema exclusivamente econômico. Como mostra o texto, nem todos os moradores de rua estão nesta vida por questões econômicas. Por todas as cidades do Brasil existe aquela figura que aos poucos vai se tornando parte da paisagem de concreto. São pessoas que vivem pelas ruas de uma megalópole como São Paulo, cidades pequenas como Itatiba ou cidades médias como Jundiaí. O problema não é novo. Mas o que leva as pessoas para as ruas? Muitos são os motivos. Isolar o fato e generalizar é a única coisa que não podemos fazer. Nem sempre foi assim. As ruas não ficavam cheias de moradores de rua, andarilhos, pedintes em extrema pobreza. No passado as coisas eram um pouco diferentes...

THE LAST SLICE OF TOMATO

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Reinaldo Reigrimar Hambúrguer de duas carnes, uma folha de alface e duas fatias de tomate. Não gostei do tomate. Era o último pedaço do legume que tanto gosto. Mas tudo bem, isso não fez a menor diferença, pois estava ali, pronto para conhecer o Velho Mundo. Com malas na mão e esperança de que tudo desse certo no vôo da KLM. Ao chegar no aeroporto de Guarulhos para fazer o check in, perguntei onde ficava o guichê da KLB. Não sou fã do grupo pop brasileiro, mas foi o que me veio a cabeça. A aeromoça a quem perguntei tal absurdo deu um sorriso com graça e disse: “KLB não, KLM.” E eu meio sem graça: “Ah! KLM.” Vermelho e rindo por dentro, me lembrei da condição de marinheiro de primeira viagem. No check in: “Onde você quer ir no avião, na janela, no meio ou no corredor?” E eu pensando que avião é ônibus. Fui logo pedindo a janela. Não sabia que iria na tangente da ensurdecedora turbina e vendo a asa em seu recuo de aerodinâmica. Logo na decolagem pensei que a asa acabara de se partir ao m...

PUB

Reinaldo Reigrimar Estava nos anos 70, dentro de um filme e eu fazia parte do cenário. Um mistério havia naquela casa antiga e simples, que o dono transformou em Pub. Numa experiência única de cena envolvente, misteriosa, nostálgica e totalmente musical, vivi o passado no meu mais puro presente. A noite tem seu ar envolvente, tem seu brilho, mesmo com meia luz o campo de visão pode ser insuperável quando sentimos o invisível e enxergamos mais do que o possível. Foi assim que o invisível brincou aos meus olhos. Meses atrás um convite chegara aos meus ouvidos. Os amigos falavam de um lugar, um Pub (Bar) que tinha uma banda legal e o som dos “caras” era muito bom. A verdade é que a propaganda do convite não foi feita com tanto entusiasmo, prova disso foi os meses que eu deixei de conhecer o que seria um simples Pub, onde tocava uma ótima banda. Foram poucas as palavras a respeito do Prince Regent Pub, até o dia em que resolvi conhecer o lugar. A chuva dava o ar de sua graça na noite de se...

MANUAL DE RELAÇÃO E ESTÍMULO DA REVISTA GRIFFE

Flavio F. A. Andrade apre.sen.ta.ção [pl.: -ões] s.f. O Manual de Relação e Estímulo é, na verdade, uma compilação de reflexões filosóficas sobre jornalismo, política, economia, arquitetura, filosofia, religião, cultura e outros assuntos do dia-a-dia. Contém ainda comentários sobre televisão, cinema e arte. Os textos aqui reunidos são trechos revisados de artigos já publicados e estão relacionados entre si, embora não pareça num primeiro momento: refletem o cotidiano brasileiro. Uma época regada a curiosos costumes retratados em conceitos críticos. Assuntos que permanecem contemporâneos em edição especial, para ser lida e guardada. Se você é leitor da Griffe, pretende ser nosso colaborador ou apenas quer conhecer melhor nosso ponto de vista, não deixe de seguir em frente. Como foi dito no início deste livro: sempre vão existir erros. Bom é que existem também os críticos dos críticos. Só assim poderemos, um dia, corrigir nossas imperfeições. “Certamente que muito errei, porém isso não ...