“TURISTAS” REALÇA FRAGILIDADE DO TURISMO BRASILEIRO
Jose Marabezi
Patético. Pífio. Pobre. Presunçoso. Essas quatro palavras são suficientes para externar minha completa frustração com relação ao turismo no Brasil. A EMBRATUR só pode estar brincando ao tentar convencer a população brasileira a boicotar o filme “Turistas”. Para quem ainda não sabe, o filme conta a história de um grupo de jovens estrangeiros que decidem passar férias no Rio de Janeiro, movidos pelos encantos do clima tropical e das belas praias na cidade maravilhosa.
Infelizmente porém, as férias sob o sol do Rio se transformam em tragédia quando o grupo é drogado, sequestrado, torturado e alguns morrem devido ao tráfico clandestino de órgãos. É um bom thriller que recomendo para você tirar suas próprias conclusões. O objetivo da EMBRATUR em tentar boicotar o filme, basea-se na presunçosa teoria de que o filme, potencialmente, pode prejudicar a imagem do Rio de Janeiro e do turismo brasileiro de modo geral. A EMBRATUR só pode estar brincando. A imagem do turismo brasileiro e do Rio já estão fortemente desgastadas no cenário internacional para insinuar que o filme “Turistas” poderia prejudicar esse cenário.
Já viajei para os Estados Unidos, Grécia, México, Itália, Holanda, Dinamarca, Espanha, Portugal, Bélgica, Tailândia, Hungria, Áustria, República Checa, Sérvia, Argentina, França, Alemanha, Chile, Equador, Bolívia, Suíça, Suécia, Inglaterra, Escócia, Bolívia e Uruguai e posso afirmar que poucos lugares possuem uma variedade turística tão atraente como o Brasil. Só para citar algumas, temos: Foz do Iguaçu e as cataratas, as belíssimas praias e resorts do Nordeste, os incomporáveis pontos de ecoturismo como Amazônia e Pantanal, a riqueza barroca das cidades históricas de Minas Gerais, o charme do Vale dos Vinhedos no sul do país, o roteiro “gourmet” e cultural de São Paulo, e é claro, o encanto inigualável do Rio de Janeiro, com praia, gente bonita, o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor. Ou vão me dizer que a Torre Eiffel é uma construção mais imponente que o Cristo Redentor? Mais famosa sim, mas não mais bonita. Quem já esteve no alto do Cristo Redentor em uma tarde ensolarada e pôde apreciar a cidade maravilhosa vista de cima, sabe exatamente o que estou falando. Somando a toda riqueza turística do Brasil, ainda precisamos considerar a riqueza cultural, associada a um povo alegre e acolhedor como só o brasileiro consegue ser.
Mas então, porque os números do turismo no Brasil são absurdamente pífios se comparados com outros países? A resposta é uma junção de múltiplos fatores, mas basicamente resume-se em falta de estrutura e planejamento. Falta segurança, faltam pessoas suficientemente treinadas e preparadas para receber turistas estrangeiros, que falem pelo menos inglês e espanhol. Falta estrutura de transporte: os principais aeroportos do Brasil não têm ligação com malha ferroviária, criando uma total dependência do transporte automobilístico. E nesse caso, a sinalização é péssima e o perigo iminente, ou alguém consegue imaginar um estrangeiro com um mapa aberto no meio do Rio de Janeiro para pedir informação sem medo de ser assaltado? Falta estrutura para pessoas com deficiência física, faltam informações turísticas e hoteleiras na internet. E tudo isso associado ao tráfico de drogas e prostituição de menores.
Portanto, ao invés da EMBRATUR solicitar aos brasileiros para boicotar o filme “Turistas”, deveria usar esse filme para motivar-se a mudar a imagem desgastada do Brasil no cenário mundial. Afinal, nem é preciso ser estrangeiro para ter medo da falta de segurança no Rio de Janeiro, pois nós brasileiros também temos. Se serve de consolo, pelo menos recebemos mais turistas do que os vizinhos hermanos, a Argentina. É pouco, mas já é alguma coisa.
Patético. Pífio. Pobre. Presunçoso. Essas quatro palavras são suficientes para externar minha completa frustração com relação ao turismo no Brasil. A EMBRATUR só pode estar brincando ao tentar convencer a população brasileira a boicotar o filme “Turistas”. Para quem ainda não sabe, o filme conta a história de um grupo de jovens estrangeiros que decidem passar férias no Rio de Janeiro, movidos pelos encantos do clima tropical e das belas praias na cidade maravilhosa.
Infelizmente porém, as férias sob o sol do Rio se transformam em tragédia quando o grupo é drogado, sequestrado, torturado e alguns morrem devido ao tráfico clandestino de órgãos. É um bom thriller que recomendo para você tirar suas próprias conclusões. O objetivo da EMBRATUR em tentar boicotar o filme, basea-se na presunçosa teoria de que o filme, potencialmente, pode prejudicar a imagem do Rio de Janeiro e do turismo brasileiro de modo geral. A EMBRATUR só pode estar brincando. A imagem do turismo brasileiro e do Rio já estão fortemente desgastadas no cenário internacional para insinuar que o filme “Turistas” poderia prejudicar esse cenário.
Já viajei para os Estados Unidos, Grécia, México, Itália, Holanda, Dinamarca, Espanha, Portugal, Bélgica, Tailândia, Hungria, Áustria, República Checa, Sérvia, Argentina, França, Alemanha, Chile, Equador, Bolívia, Suíça, Suécia, Inglaterra, Escócia, Bolívia e Uruguai e posso afirmar que poucos lugares possuem uma variedade turística tão atraente como o Brasil. Só para citar algumas, temos: Foz do Iguaçu e as cataratas, as belíssimas praias e resorts do Nordeste, os incomporáveis pontos de ecoturismo como Amazônia e Pantanal, a riqueza barroca das cidades históricas de Minas Gerais, o charme do Vale dos Vinhedos no sul do país, o roteiro “gourmet” e cultural de São Paulo, e é claro, o encanto inigualável do Rio de Janeiro, com praia, gente bonita, o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor. Ou vão me dizer que a Torre Eiffel é uma construção mais imponente que o Cristo Redentor? Mais famosa sim, mas não mais bonita. Quem já esteve no alto do Cristo Redentor em uma tarde ensolarada e pôde apreciar a cidade maravilhosa vista de cima, sabe exatamente o que estou falando. Somando a toda riqueza turística do Brasil, ainda precisamos considerar a riqueza cultural, associada a um povo alegre e acolhedor como só o brasileiro consegue ser.
Mas então, porque os números do turismo no Brasil são absurdamente pífios se comparados com outros países? A resposta é uma junção de múltiplos fatores, mas basicamente resume-se em falta de estrutura e planejamento. Falta segurança, faltam pessoas suficientemente treinadas e preparadas para receber turistas estrangeiros, que falem pelo menos inglês e espanhol. Falta estrutura de transporte: os principais aeroportos do Brasil não têm ligação com malha ferroviária, criando uma total dependência do transporte automobilístico. E nesse caso, a sinalização é péssima e o perigo iminente, ou alguém consegue imaginar um estrangeiro com um mapa aberto no meio do Rio de Janeiro para pedir informação sem medo de ser assaltado? Falta estrutura para pessoas com deficiência física, faltam informações turísticas e hoteleiras na internet. E tudo isso associado ao tráfico de drogas e prostituição de menores.
Portanto, ao invés da EMBRATUR solicitar aos brasileiros para boicotar o filme “Turistas”, deveria usar esse filme para motivar-se a mudar a imagem desgastada do Brasil no cenário mundial. Afinal, nem é preciso ser estrangeiro para ter medo da falta de segurança no Rio de Janeiro, pois nós brasileiros também temos. Se serve de consolo, pelo menos recebemos mais turistas do que os vizinhos hermanos, a Argentina. É pouco, mas já é alguma coisa.
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