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Mostrando postagens de fevereiro, 2007
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revista griffe • fev 07 • ano 4 # 19 Casamento se fosse bom não precisaria de testemunhas, dizem alguns. Será assim mesmo, e a família é hoje uma instituição falida? É certo que o número de divórcios foi maior que o de casamentos no ano passado. Pesquisas demonstram também que as pessoas estão partindo para a união cada vez mais velhas. Para muita gente o casamento pode ser um grande problema. Mas, para outros, ele é sinônimo de felicidade que pode durar mais de 70 anos. Não importa o tempo, mas a qualidade do casamento, já que a qualquer momento ele pode desaparecer. O melhor é fazer com que seja realmente inesquecível. Afinal, no dia do sim, não pensamos em separações, brigas cotidianas ou em qualquer outro problema. O objetivo é o ritual. E assim saímos de mãos dadas, fotos em preto e branco e alguns vídeos de lembranças. Os parentes e amigos se emocionam. Ninguém quer que algo ruim aconteça, então jogam arroz, abraçam e dançam com os noivos. Lá vão eles na limusine ou no táxi tod...

onde estão nossos arranha-céus?

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Adib Jatene, presidente do Conselho Deliberativo do MASP, propôs construir uma torre de 120 metros, com mirante giratório na Avenida Paulista. Mais do que atração turística, tiraria o museu da crise. O projeto é fantástico, com proporções que gerariam curiosidade em toda a população. Não é o que pensa o Compresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), que vetou o projeto em 2005, alegando que “a torre interfere de forma radical na escala do bem tombado, descaracterizando-o de forma a comprometer sua integridade.” Arquitetos e personalidades aprovaram o projeto. A população faria o mesmo se fosse feita uma pesquisa de opinião pública. O mundo todo constrói obras gigantescas com o objetivo de gerar renda. Tudo funciona como deveria. Não no Brasil. A Avenida Paulista seria o lugar certo, é um símbolo da cidade e do país. É por este e outros motivos que o Brasil não se desenvolve no ritmo que deveria.

jeans ... para todas as horas

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>> LIANDRA MELLO Certamente, por mais tradicional que uma pessoa possa ser, ela tem um jeans no guarda-roupa. Para quem ainda não conhece a história deste tecido que hoje está presente em jaquetas, acessórios e muitas peças, é bom saber que, por se tratar de um tecido que não precisa de grandes cuidados e por ser durável, era destinado para as roupas dos trabalhadores das minas. No século 19, Levi Strauss criou o jeans mais famoso: o modelo 501 da Levi's. E, depois que James Dean e Marlon Brando usaram no cinema, passou-se a associar a peça com juventude e rebeldia. Hoje podemos encontrar calças jeans a partir de dez reais, vendidas em hipermercados, até a importância de três mil reais, comercializadas por grandes marcas como Diesel e Miss Sixty. As modelagens também variam muito: - tradicional – cintura no lugar e pernas de corte afunilado; - antifit – cintura baixa, quadril desestruturado e corte reto nas pernas; - cut boot – corte para botas: uma variação da antifit, mas ...

o GRANDE dia

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>> SÍLVIA CHAVES s_renata2004@yahoo.com.br Valeu a espera. Chegou, então, o grande dia e todos os momentos serão registrados. É assim que acontece com as noivas de Jundiaí. Num monumento localizado na Avenida Nove de Julho, complementa-se o dia mais esperado. Trata-se da fonte luminosa da Praça da Cultura, que tornou-se parada obrigatória das noivas da cidade. Aos sábados, em grande número, podemos apreciar noivas, noivos, padrinhos e todo um aparato fotográfico registrando cada momento. As imagens contribuem para que, na posteridade, sejam lembrados momentos mágicos que antecederam o sim. Muitas noivas param para fotografar antes mesmo de irem para a igreja. As noivas de Jundiaí que por ali passam deixam na memória das pessoas uma alegria que contagia a todos.

como Lula se reelegeu?

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>> CADU VILLA LOBOS caduvillalobos@hotmail.com Em um cenário recheado de problemas no governo petista e tendo toda a grande mídia contra o partido, ainda assim, Lula conseguiu se reeleger. Parece um fenômeno, talvez seja, mas o que a elite e a imprensa não contavam é que, assim como um cachorro, o povo também respeita quem lhe dá comida. E comida é uma das necessidades primárias mais básicas que ideologia nenhuma substitui. Lula e o PT podem ter cometido vários erros nos últimos quatro anos, mas qual governo não cometeu? Quando se tem a elite e seu maior instrumento, a imprensa, na oposição, existe manipulação de tudo o que é divulgado. Certas notícias não interessantes são omitidas e outras maciçamente divulgadas, como foi o caso dos dois últimos anos de governo. A mídia trabalhando para o poder do capital divulgou exaustivamente todos os problemas do governo PT colocando uma grande lupa sobre cada detalhe, mas não fez o mesmo com a oposição e seus governos passados. Crucific...

copa do mundo no Brasil, o duelo entre otimistas e pessimistas

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>> MÁRIO RISSOLI, radialista e comentarista esportivo da TV Educativa de Jundiaí mariao42@ig.com.br Quando um otimista olha uma garrafa com metade da sua capacidade ele pensa e diz: ainda bem que está metade cheia. Já o pessimista quando olha a mesma garrafa pensa e diz: ih... já está metade vazia. A possibilidade de termos uma Copa do Mundo no Brasil está dividindo imprensa e opinião pública da mesma forma. Uma parte vibra com a chance de ver os melhores jogadores do mundo desfilando em gramados brasileiros. Não importando o quanto irá custar toda esta estrutura. A outra parte perde o sono só de pensar em ter o campeonato na nossa terra. Independentemente dos benefícios que um evento deste porte possa trazer para o país. Razões dos otimistas para querer a Copa: temos estádios de grande porte que com algumas reformas ficarão em condições perfeitas; tudo que for feito em termos de infra-estrutura ficará como legado para o país; o fluxo de turistas que virão para assistir trará di...

como perder a barriga sem perder a cabeça

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A inevitável dieta de início de ano. Complicada, penosa, mas tão desejada. Geralmente permanece por um mês, depois volta-se ao ritmo normal de vida. O otimismo dá lugar ao pessimismo, os músculos dão lugar às gorduras, o corpinho sarado dá lugar a uma barriga redonda e indesejável. O sonho de ter um corpo bonito e saudável dura tanto quanto o mês de janeiro. Manter um corpo em forma leva tempo e requer disciplina. Ninguém quer ser chamado de gordinho, ou de outros apelidos. Muita gente não consegue chegar a um ponto satisfatório no equilíbrio entre a balança e a cabeça. Aquela gordurinha localizada, ou o pneuzinho antes do próximo reveillon se transformará num pneuzão. Os mais radicais ditam: “Feche a boca.” Aí o que vemos são os jornais noticiando pessoas que morrem tentando emagrecer sem se preocupar com a saúde. Ou engordam cada vez mais. Enlouquecem. A dieta não é mais uma opção. É uma necessidade que muitos brasileiros ainda não entenderam. Pensam apenas no fator beleza e esquece...

monólogos carnavalescos

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>> ANA M. ROSA - ana.griffe@yahoo.com.br Dizem que aos 18 anos você vive como princesa, aos trinta como uma garotinha e aos 40 você volta a ser adolescente. Hoje aos 45 anos sinto-me como uma criança que acabou de descobrir que pode pensar, andar, falar, sorrir, correr, pular e brincar livremente... mas, esqueceu-se como começar. Dizem que todo mundo tem uma história. Vou falar da minha antes que eu morra e não possa gritar nem pro vento o momento mágico que estou vivendo. Nasci boêmia, nasci trabalhadora e corajosa. Assustei-me com minha força na adolescência. Aos 14, como toda adolescente rebelde, fui embora de casa e no meio do caminho minha vida me passou como um filme. Voltei, antes que meus pais percebessem. Havia muito a perder. Decidida a lutar, vivi minha juventude usando minhas ferramentas com maestria. Trabalhava desde os 10 anos, estudava e jogava vôlei. Nada demais. Aos 18, já com certa liberdade financeira, vivi a boemia integralmente. Sempre me relacionei com pess...

o poder da edição

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>> PAULO CAMARGO paulocamargo2004@ig.com.br Capaz de tornar o derrotado em vencedor num debate político e transformar um simples passeio a um parque em uma grande aventura, o Editor de Imagens é capaz de modificar nossas opiniões. A responsabilidade desse profissional é grande. Um dos fatos que marcaram a história do jornalismo foi a edição do Jornal Nacional nas eleições para presidente da república em 1989 entre Collor e Lula. Collor venceu o debate, na edição, e tornou-se presidente do Brasil. Mas não são somente fatos como este que marcam a história. A profissão exige muita habilidade, tato e conhecimento do mundo pelo qual recebemos, minuto a minuto, informações capazes de transformá-lo. O bom em ruim, o ruim em bom! O produto final passa por um processo que vai da captação da imagem (filmagem) à edição e finalização. É na edição que o material é organizado, selecionado e trilhado. E quem realiza esse trabalho é o Editor de Imagens. E para esse profissional não basta apenas...

confusão humana

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>>REINALDO REIGRIMAR, jornalista e compositor. Atualmente reside em Londres - reigrimar@hotmail.com Esperei o ano terminar para escrever sobre ele. Não sei se a esperança ainda habita esse mundo de intrigas, bombas e pobreza. Presenciamos uma catástrofe, televisionada para todos verem. O mundo está doente. Ele está com uma febre altíssima e de joelhos reza por um dia de paz. Foi assim, de joelhos, olhos fechados, sonhando alto - o "ser Mundo", sonhou que vivia esse dia de paz. Todos pararam e descobriram que a paz poderia salvar o mundo. Até que uma confusão na América Latina pôs a perder o que seria também uma Noite de Paz. O mundo acordou do sonho. Os tiros ecoavam nos morros e acertavam as pessoas. O fogo, uma das maiores descobertas do homem, matava pessoas numa cidade que chamam de "Maravilhosa". Ônibus queimados. Pessoas seguindo um destino e encontrando assassinos covardes. Ansioso, apático e abatido, o mundo cresceu economicamente. Diminuíram os espaç...

em busca de outra terra e de outra gente

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>> IEDA CAVALCANTE DOS SANTOS Jornalista, poeta e professora universitária ieda2006@terra.com.br Nesta virada de ano, deparo-me com uma importante notícia da área científica: o lançamento do satélite francês Corot com a missão de captar pequenos planetas como a Terra. A novidade deste satélite é a sua capacidade tecnológica para detectar detalhes desses planetinhas como, por exemplo, a sua formação rochosa e, também, a existência de zonas habitáveis. Em relação ao nosso sistema solar, somente a Terra tem o privilégio de ocupar uma zona habitável. Os pesquisadores, por meio do Corot, querem levantar indícios sobre a existência de vida fora do nosso planeta e já planejam, para 2012, lançamento de satélites para procurar vida extraterrestre. Esta busca por outras formas de vida pode ser comemorada como um grande avanço do poder tecnológico do homem. A procura por um outro planeta, um irmão gêmeo, acaba sendo a procura por uma nova Terra, limpa de desgraças e ideologias mesquinhas. ...

duas idéias questionáveis na política

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>> REINALDO SAMPAIO PEREIRA, professor universitário de Filosofia e Ética. Membro do Grupo de Pesquisa Edutec da UNIP Jundiaí reinaldosampereira@hotmail.com Acerca da política há algumas idéias questionáveis que surgem, são reproduzidas repetidamente e acabam sendo sintetizadas em formulações 'verdadeiras'. Duas delas (que mantêm relações entre si) têm me incomodado sobremaneira: 1) não é necessária uma boa formação para ser presidente da república no Brasil; 2) o horário eleitoral gratuito possibilita um voto 'consciente'. No concernente à primeira idéia, observo a equivocada crença em uma espécie de transversalização de habilidades, como se as habilidades de um campo profissional pudessem conduzir às habilidades de outro campo. Essa estranha crença parece que tem contribuido para eleger jogadores de futebol, cantores, farmacêuticos, médicos, etc, como se as suas habilidades profissionais específicas pudessem ser muitas vezes úteis para as suas atuações política...

futebol americano x futebol brasileiro

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>> JOSÉ MARABEZI, Livingston, New Jersey - EUA usmarabezi@yahoo.com Existem muitas diferenças entre o tradicional “futebol brasileiro”, internacionalmente conhecido como “soccer” e o “american football”, que não se limitam apenas ao formato da bola e às regras do jogo. Mas uma coisa certamente esses dois esportes têm em comum: são verdadeiras paixões no Brasil e Estados Unidos, respectivamente. Confesso que achei o esporte chato, a princípio, mas apenas a princípio, antes de entender as regras e o espírito do jogo. Mas acreditem, posso afirmar que é e-m-o-c-i-o-n-a-n-t-e! Para entender melhor as regras e sentir de perto a emoção dessa modalidade, decidi ir ao estádio e assistir a uma partida ao vivo. Escolhi o jogo entre New York Giants x Houston Texans. Abusando do trocadilho, posso assegurar que as diferenças entre ir a um estádio no Brasil e nos EUA são gigantescas, a começar pela compra dos ingressos. Ao invés de enfrentar filas imensas e o empurra-empurra do Brasil, comprei...

pontes

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texto e fotos: >> FLAVIO F. A. ANDRADE Jundiaí possui importantes pontes e elevados que cortam as ruas da cidade, contribuindo para um melhor fluxo dos veículos. No entanto, são poucas as que dispõem de cuidado com a iluminação e com a pintura como fator de beleza. Algumas são até restauradas, porque correm o risco de desabar. Porém, a estética é deixada de lado. Apenas as estruturas recebem tratamento. Outras, (como a que corta a Avenida Nove de Julho - foto acima) no entanto, servem também como moradia para pessoas em situação de rua e depósito de lixo. As pontes e viadutos não exercem apenas a função de levar pessoas, carros e mercadorias do ponto A ao ponto B no menor espaço de tempo possível. Quando são bem iluminados, o concreto e o ferro se moldam com perfeição à paisagem urbana.

diários de campo, relatos de viagens, livros reportagem e jornalismo literário

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>>ANDRÉIA T. COUTO atcouto@hotmail.com Malinowski passou meses entre os povos dos arquipélagos da Nova Guiné, no Pacífico Ocidental (1) e produziu o maravilhoso Os Argonautas do Pacífico Ocidental1; Evans-Pritchard, depois de viver no Sudão entre 1930-36 nos presenteou com o livro Os Nuer (2); Lewis-Strauss, em visitas de pesquisa ao Brasil na década de 1930, fez nascer Tristes Trópicos (3); Antônio Cândido, convivendo com os caipiras do interior de São Paulo, escreveu Os parceiros do Rio Bonito (4). Reed, em Os dez dias que abalaram o mundo (5), trouxe aos leitores os detalhes da revolução bolchevique inaugurando, para alguns, um misto de relato/reportagem a um tom que beirava o literário. Para outros, um brasileiro, Euclides da Cunha, já o fizera anos antes, com Os Sertões (6). Ryszard Kapuscinski, após vinte anos como correspondente na África de um jornal polonês, escreveu Ébano, editado em 2005 pela Companhia das Letras (lançou recentemente um relato sobre a Índia); Marinov...