A estética do corpo e da imagem

ALEANDRO DO CARMO e
FLAVIO F. A. ANDRADE (fotos)
WANDA PANKEVICIUS BARROS (texto)


Passeie os olhos pelas imagens a seguir e sinta-se inspirado, mas não tenha como meta a perfeição, pois ela não existe, procure o equilíbrio, a proporção devida entre corpo e mente.


Este ensaio captura a harmonia das formas do corpo, as delimitações da matéria física, os detalhes do movimento, a energia. Em uma atuação diante da câmera, o corpo transpõe a imagem e instiga ao toque.

O que é o “corpo”? Em alguns dicionários há mais de trinta definições para esta palavra que é uma das mais ricas da língua portuguesa. Ela pode ser qualquer porção limitada de matéria, mas na verdade é fácil defini-la gramaticalmente, só depende do contexto; pode ser o corpo de um edifício, de um animal, corpo docente, corpo delito, para o músico pode ser a melodia, para o poeta, a estrofe, para o juiz, as leis.

Mas se falarmos do corpo humano é normal ressaltarmos as suas características físicas para defini-lo. Homem, mulher, criança, simétrico, magro, gordo, atraente ou não, variando sempre de acordo com a subjetividade do observador.
Levando em conta estas variáveis, como definir a beleza do corpo? O que é belo para mim pode não ser para você, mas de modo geral o belo pressupõe uma harmonia, é o que agrada aos olhos, agrada aos sentidos. Pode ser até a conjunção entre o conteúdo e a forma que provoca atração.


E para conseguir o corpo esteticamente agradável aos olhos muitas vezes é preciso abdicar de certos prazeres. Neste caso, a vaidade vence a gula e a preguiça! Uma vez alcançado o seu objetivo, a satisfação é tão grande que supera de longe o desejo de quebrar a dieta, atacar a geladeira ou de trocar a caminhada pelo sofá.

Quando olhamos o nosso corpo diante do espelho e a imagem finalmente nos agrada há uma mudança de postura, uma confiança que dificilmente arriscaríamos perder depois de tanto sacrifício e suor.

O mesmo corpo que atrai, também é atraído. Nele encerra-se a alma e através dele transborda-se a sua essência.

É uma máquina que produz um turbilhão de sensações, prazeres, alegrias, dores e desejos. Ele é um espelho da mente, uma extensão dos pensamentos e ações como um reflexo que nos define.

revista Griffe



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