APRESENTAÇÃO GRIFFE # 21

O livro Griffensaios foi elaborado em comemoração aos três anos da revista, e abre maior perspectiva para nossos colaboradores, jornalistas e fotógrafos. O lançamento em Londres é relevante, pois torna o trabalho internacionalmente conhecido. Valoriza não só a todos os que produzem esta Griffe, como também a cultura nacional e local.
Hoje podemos celebrar, após muito trabalho e algumas noites de sono perdidas. A receptividade em Londres está sendo a melhor possível. No melhor estilo brasileiro, recebida com muita festa.
Aqui no Brasil, em Jundiaí, não foi diferente. A maioria dos colaboradores esteve reunida no lançamento, que ocorreu dia 24.06.07, na Livraria Nobel, numa noite que proporcionou o surgimento de novas idéias e grande troca de experiências. Através da proximidade com o público, foi possível percebermos o quanto a Griffe é admirada, por promover a cultura e ser fonte de conhecimento diferenciado. Uma mídia livre, para pessoas livres. Promovemos o debate sobre problemas sociais, mas ao mesmo tempo mostramos as belezas de nossa cidade, de nosso país, sempre de modo reflexivo. Não diria que fazemos revolução. Tentamos mudar a maneira de enxergar e pensar a vida.
O Brasil está em crise. Os mesmos velhos problemas: corrupção, má distribuição de renda, descaso com o meio ambiente, para citar alguns. Infelizmente é esta a imagem que precisa ser mostrada. Não há como fazer diferente. Divulgar nossas belezas é muito importante, mas até quando viveremos num país que só expõe suas belezas naturais? Enquanto a imprensa continuar a expor apenas o lado bom das coisas, viveremos cercados de hipocrisia. Os colaboradores da revista Griffe têm esta consciência. Demonstram uma sensibilidade altruísta, focando-se em assuntos relevantes e merecedores de discussão.
Podemos fazer um paralelo entre a Griffe e o primeiro jornal brasileiro. Em 1808, Hipólito José da Costa lançava em Londres o Correio Brasiliense: “Doutrinário, muito mais do que informativo”, dizia o editor. Esta afirmação reflete um pouco de nossas atuais pretensões. Após três anos, temos consciência de que ainda há muito a ser feito, a ser descoberto, a ser mostrado. Foram mais de mil páginas publicadas, todas direta ou indiretamente destinadas a oferecer cultura e informação social úteis para um melhor entendimento destes tempos tão conturbados em que vivemos.
FLAVIO F. A. ANDRADE
(Editor)
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