ERA UMA VEZ...

“Uma terra distante, com muito verde e céu azul. Uma pátria onde seus habitantes sorriam e eram felizes.
Não existia violência e muito menos desigualdade social. A fome passava longe daquele país. Seus governantes não sabiam o que era mensalão, não existia tráfico de drogas, armas, PCC e outros cambalachos.
A vida daquele povo era movida pelo esporte, pelo futebol. Seus atletas davam o melhor de si para a conquista de seus títulos. A equipe técnica treinava-os de forma que sentissem medo de seus adversários pois, dessa maneira, o desejo de vitória construiria verdadeiros guerreiros.
A cada quatro anos, com humildade e coragem, a seleção partia para sua batalha.
Enquanto aqueles guerreiros, escolhidos a dedo por suas habilidades, lutavam contra os inimigos, seu povo, do outro lado do mundo, torcia com toda vontade. Torciam com todo coração pela vitória de cada jogador e, com bandeiras agitadas, pinturas de guerra em suas faces e as cores de sua nação, espalhavam-se pelas ruas do país.
O povo dava força para seus atletas com seus gritos de guerra. Para cada lance, fosse certo ou errado, os jogadores eram impulsionados pela tor-cida que confiava no seu time e gol atrás de gol, a taça da vitória chegava ao seu país.”
Bom, isto não passou de um conto de fadas.
Este era o desejo de cada brasileiro, que a cada quatro anos, espera ansioso pela Copa do Mundo.
É nesta época que seus corações se enchem de esperança para torcer pela sua Pátria. Esquecem, momentaneamente, dos problemas políticos, da violência que está envolvendo o país e das crianças nas ruas pedindo um trocado. Mas, infelizmente, dessa vez não deu. Nossa seleção estava muito acima de seus adversários e nosso tombo foi maior. Agora, o sonho acabou. Quem sabe, daqui a quatro anos, estaremos lá. Sem o salto alto, com os pés no chão e com humildade para vencer.
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