A ênfase ao peso ideal
THOMAS BOZZA
A perda de peso é um dos objetivos mais comuns em academias, centros estéticos e afins. Sabemos hoje que a busca por um peso ideal extrapola os limites humanos, chegando até mesmo a práticas agressivas ao organismo e às vezes até com riscos de morte.
A ênfase maior está em algo que funcione para o momento, ou seja, ignora-se muitas vezes a saúde e o bem-estar da pessoa. Não é difícil hoje em dia encontrar opiniões a respeito. Acredita-se em tudo e em todos e não se releva as bases científicas e as conseqüências para saúde. Anfetaminas, estimulantes e enzimas são facilmente adquiridas por qualquer pessoa – poucos realmente sabem o que estão fazendo e 99% voltam a engordar quando interrompem o tratamento, em alguns casos até mais que antes. Por que isso acontece?
É simples. Quando se usa medicamentos e similares, não se resolve o problema, pois não se trata a causa. E qual é a causa?
Alimentação errada e sedentarismo, ou seja, em 90% dos casos de alterações de peso, o estilo de vida é fator preponderante.
A alimentação moderna é desequilibrada, rica em tudo que o corpo não precisa e carente do que é fundamental para as funções vitais. Os seres humanos estão cada vez mais sedentários, devido à vida agitada e seus facilitadores – escadas rolantes, elevadores, controles remoto, eletrônicos em geral.
Com esses fatores fica simples de entender porque o homem moderno está mudando de forma. Antigamente, comíamos em média 200kg de comida por ano/pessoa, atualmente comemos em média 400kg por ano/pessoa, ou seja, o dobro. Os inventos que facilitam a nossa vida hoje acabam promovendo uma economia energética de até 50%, quando comparado a uma pessoa que faz as mesmas coisas sem tais facilitadores.
Conclusão: hoje comemos o dobro e nos movimentamos pela metade.
Resultado: acúmulo de calorias no organismo e metabolismo baixo. Por conseqüência, acúmulo de peso e obesidade.
A obesidade hoje é uma epidemia global. No Brasil, um país que há poucos anos combatia a fome, cerca de 40% da população está obesa, e já sofre os problemas associados a essa patologia. De cada dez consultas aos médicos, sete seriam evitadas se as pessoas tivessem uma nutrição equilibrada. O excesso de peso traz conseqüências terríveis à saúde: hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, problemas circulatórios e cardiovasculares, dificuldade de locomoção e sono prejudicado, além dos efeitos psicológicos, como baixa auto-estima, ansiedade, insegurança e depressão.
Uma história
Em fevereiro de 2005 perdi um parente muito querido em decorrência de um ataque cardíaco fulminante, diretamente relacionado ao excesso de peso em que se encontrava. Na ocasião, meu pai, com 96 kg, obeso, 25 kg acima do peso ideal, com uma série de problemas de saúde, artrite, colesterol elevado, hipertensão, depressão e quase diabético. Para mim, restava apenas esperar, ou intervir. Ao acompanhar a dor de minha tia e meus primos, e ver que poderíamos passar por isso em casa, decidi colocar em prática os meus conhecimentos e nessa mesma época iniciamos um programa de atividade física e melhora nos hábitos alimentares. Esta é uma história que me motiva a auxiliar as pessoas no controle de peso.
Para a prática de atividades físicas, iniciamos moderadamente, respeitando os limites do corpo e aumentando aos poucos a intensidade e duração da atividade. No que diz respeito à parte nutricional, utilizamos um recurso muito inteligente e que foi o grande diferencial do programa: chamados de substituição parcial de refeição, ou seja, substituímos o café da manhã – café com leite e pão – e o jantar – sanduíches, massas, arroz e feijão – por dois shakes nutricionais balanceados.
A idéia por trás de tal substituição era reduzir os excessos de gorduras, açúcares e calorias, aumentando o teor nutricional. A somatória da atividade física e do bom funcionamento do metabolismo fez com que o corpo voltasse a receber o que ele precisava – sem excessos.
“Nesse primeiro mês reduzi 4 kg. E no segundo, estava motivado, reduzi mais 8 kg. Foram 12 kg em dois meses. E me sentindo cada vez melhor! Em seis meses foram mais de 25 kg reduzidos. Hoje, por ordem médica não uso mais medicamentos para pressão alta, ou para ansiedade ou depressão. Hoje, com 52 anos de idade, peso exatamente 73 kg com muita disposição e bom humor. Alterno caminhadas, bicicleta e até corridas, algo que há vinte anos era praticamente um sonho; minha alimentação é normal, obviamente que sem excessos. Utilizo também um suplemento nutricional no meu café da manhã, além de chás e muita fibra”, explica o advogado Gil Adolpho.
Desde então passei a acreditar que poderia ajudar muita gente e nos últimos anos tenho vivenciado mudanças na vida de muitas pessoas. Resumindo, darei algumas dicas:
Em primeiro lugar, tenha consciência de que seu corpo é a sua casa e não a lixeira. Ter consciência corporal é o fator chave para mudar – para melhor.
Segunda dica, na verdade uma regra: excesso de qualquer coisa não traz excessos de benefícios. Ações moderadas, tanto na parte alimentar como na de atividades físicas, promovem o surgimento do hábito, e quando temos um bom hábito é natural que continuemos com ele. Quando incorporamos mudanças radicais de hábitos e excessos dificilmente atingimos bons resultados.
Terceira dica: encontre o lado divertido e gostoso do que você for fazer. Ninguém faz por muito tempo algo que não gosta. Portanto, não coma jiló se não gostar, nem faça natação se não gostar de água.
Quarta dica: alimentação saudável. Equilíbrio dos nutrientes, ou seja: evite excessos de gorduras, frituras, carnes gordas[1]; açúcares, doces, excesso de massas e pães; sal, alimentos ricos em conservantes, enlatados; agrotóxicos – vegetais precisam ser muito bem lavados, pois a maioria chega à mesa com muita toxina. Inclua na sua dieta alimentos ricos em fibras, vitaminas, minerais; vegetais, cereais, frutas em geral, varie bastante e prefira alimentos frescos; proteínas, leite e derivados, carnes, peixes, clara de ovos, a melhor é a da soja; fatores botânicos, chás e muita água, cerca de dois litros ao dia.
Quinta dica: aperfeiçoe a sua alimentação; procure profissionais para a orientação adequada de suplementos e substitutos parciais de refeições, isto é, em minha opinião, uma grande solução para o problema do desequilíbrio alimentar, além de fácil de fazer, garante as quantidades certas de nutrientes em cada refeição. Um excelente substituto parcial de refeição que funciona muito bem para mim é um pó nutricional, um suplemento tomado em forma de shake.
Sexta dica: mexa-se. O corpo humano foi feito para o movimento. Se fosse estático seriamos um cérebro dentro de um aquário. Livre-se das facilidades e mexa-se, escolha escadas fixas, ao invés da rolante e elevadores, use mais o tênis e menos o carro, aprenda uma nova atividade física – natação, corrida, tênis, dança, musculação, não importa qual, importa que você tenha o hábito de fazer pelo menos 30 minutos de alguma atividade física por dia. Lembre-se que para alguma coisa se tornar um hábito você precisa gostar de fazer e fazer por um determinado período. Talvez você sinta uma dorzinha bem chata no começo, mas eu garanto que passa e que é bem menor que a dor de uma cirurgia ou similar. Obviamente que a minha recomendação é que você busque a ajuda de um profissional capacitado.
Sétima dica: tenha consciência de que toda mudança de hábito é um processo lento, requer paciência e principalmente determinação, porém trará benefícios incalculáveis para você e para sua família, e sabemos que valerá a pena. Coloque as suas metas no papel e veja-as sempre que pensar em parar.
Hoje, seu peso e sua saúde são frutos de seu estilo de vida dos últimos meses. Você não vai mudar o corpo do dia para noite, mas quando decidir mudar vai ser rapidamente notável. Não se compare a ninguém, busque a sua felicidade com um estilo de vida melhor.
A perda de peso é um dos objetivos mais comuns em academias, centros estéticos e afins. Sabemos hoje que a busca por um peso ideal extrapola os limites humanos, chegando até mesmo a práticas agressivas ao organismo e às vezes até com riscos de morte.
A ênfase maior está em algo que funcione para o momento, ou seja, ignora-se muitas vezes a saúde e o bem-estar da pessoa. Não é difícil hoje em dia encontrar opiniões a respeito. Acredita-se em tudo e em todos e não se releva as bases científicas e as conseqüências para saúde. Anfetaminas, estimulantes e enzimas são facilmente adquiridas por qualquer pessoa – poucos realmente sabem o que estão fazendo e 99% voltam a engordar quando interrompem o tratamento, em alguns casos até mais que antes. Por que isso acontece?
É simples. Quando se usa medicamentos e similares, não se resolve o problema, pois não se trata a causa. E qual é a causa?
Alimentação errada e sedentarismo, ou seja, em 90% dos casos de alterações de peso, o estilo de vida é fator preponderante.
A alimentação moderna é desequilibrada, rica em tudo que o corpo não precisa e carente do que é fundamental para as funções vitais. Os seres humanos estão cada vez mais sedentários, devido à vida agitada e seus facilitadores – escadas rolantes, elevadores, controles remoto, eletrônicos em geral.
Com esses fatores fica simples de entender porque o homem moderno está mudando de forma. Antigamente, comíamos em média 200kg de comida por ano/pessoa, atualmente comemos em média 400kg por ano/pessoa, ou seja, o dobro. Os inventos que facilitam a nossa vida hoje acabam promovendo uma economia energética de até 50%, quando comparado a uma pessoa que faz as mesmas coisas sem tais facilitadores.
Conclusão: hoje comemos o dobro e nos movimentamos pela metade.
Resultado: acúmulo de calorias no organismo e metabolismo baixo. Por conseqüência, acúmulo de peso e obesidade.
A obesidade hoje é uma epidemia global. No Brasil, um país que há poucos anos combatia a fome, cerca de 40% da população está obesa, e já sofre os problemas associados a essa patologia. De cada dez consultas aos médicos, sete seriam evitadas se as pessoas tivessem uma nutrição equilibrada. O excesso de peso traz conseqüências terríveis à saúde: hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, problemas circulatórios e cardiovasculares, dificuldade de locomoção e sono prejudicado, além dos efeitos psicológicos, como baixa auto-estima, ansiedade, insegurança e depressão.
Uma história
Em fevereiro de 2005 perdi um parente muito querido em decorrência de um ataque cardíaco fulminante, diretamente relacionado ao excesso de peso em que se encontrava. Na ocasião, meu pai, com 96 kg, obeso, 25 kg acima do peso ideal, com uma série de problemas de saúde, artrite, colesterol elevado, hipertensão, depressão e quase diabético. Para mim, restava apenas esperar, ou intervir. Ao acompanhar a dor de minha tia e meus primos, e ver que poderíamos passar por isso em casa, decidi colocar em prática os meus conhecimentos e nessa mesma época iniciamos um programa de atividade física e melhora nos hábitos alimentares. Esta é uma história que me motiva a auxiliar as pessoas no controle de peso.
Para a prática de atividades físicas, iniciamos moderadamente, respeitando os limites do corpo e aumentando aos poucos a intensidade e duração da atividade. No que diz respeito à parte nutricional, utilizamos um recurso muito inteligente e que foi o grande diferencial do programa: chamados de substituição parcial de refeição, ou seja, substituímos o café da manhã – café com leite e pão – e o jantar – sanduíches, massas, arroz e feijão – por dois shakes nutricionais balanceados.
A idéia por trás de tal substituição era reduzir os excessos de gorduras, açúcares e calorias, aumentando o teor nutricional. A somatória da atividade física e do bom funcionamento do metabolismo fez com que o corpo voltasse a receber o que ele precisava – sem excessos.
“Nesse primeiro mês reduzi 4 kg. E no segundo, estava motivado, reduzi mais 8 kg. Foram 12 kg em dois meses. E me sentindo cada vez melhor! Em seis meses foram mais de 25 kg reduzidos. Hoje, por ordem médica não uso mais medicamentos para pressão alta, ou para ansiedade ou depressão. Hoje, com 52 anos de idade, peso exatamente 73 kg com muita disposição e bom humor. Alterno caminhadas, bicicleta e até corridas, algo que há vinte anos era praticamente um sonho; minha alimentação é normal, obviamente que sem excessos. Utilizo também um suplemento nutricional no meu café da manhã, além de chás e muita fibra”, explica o advogado Gil Adolpho.
Desde então passei a acreditar que poderia ajudar muita gente e nos últimos anos tenho vivenciado mudanças na vida de muitas pessoas. Resumindo, darei algumas dicas:
Em primeiro lugar, tenha consciência de que seu corpo é a sua casa e não a lixeira. Ter consciência corporal é o fator chave para mudar – para melhor.
Segunda dica, na verdade uma regra: excesso de qualquer coisa não traz excessos de benefícios. Ações moderadas, tanto na parte alimentar como na de atividades físicas, promovem o surgimento do hábito, e quando temos um bom hábito é natural que continuemos com ele. Quando incorporamos mudanças radicais de hábitos e excessos dificilmente atingimos bons resultados.
Terceira dica: encontre o lado divertido e gostoso do que você for fazer. Ninguém faz por muito tempo algo que não gosta. Portanto, não coma jiló se não gostar, nem faça natação se não gostar de água.
Quarta dica: alimentação saudável. Equilíbrio dos nutrientes, ou seja: evite excessos de gorduras, frituras, carnes gordas[1]; açúcares, doces, excesso de massas e pães; sal, alimentos ricos em conservantes, enlatados; agrotóxicos – vegetais precisam ser muito bem lavados, pois a maioria chega à mesa com muita toxina. Inclua na sua dieta alimentos ricos em fibras, vitaminas, minerais; vegetais, cereais, frutas em geral, varie bastante e prefira alimentos frescos; proteínas, leite e derivados, carnes, peixes, clara de ovos, a melhor é a da soja; fatores botânicos, chás e muita água, cerca de dois litros ao dia.
Quinta dica: aperfeiçoe a sua alimentação; procure profissionais para a orientação adequada de suplementos e substitutos parciais de refeições, isto é, em minha opinião, uma grande solução para o problema do desequilíbrio alimentar, além de fácil de fazer, garante as quantidades certas de nutrientes em cada refeição. Um excelente substituto parcial de refeição que funciona muito bem para mim é um pó nutricional, um suplemento tomado em forma de shake.
Sexta dica: mexa-se. O corpo humano foi feito para o movimento. Se fosse estático seriamos um cérebro dentro de um aquário. Livre-se das facilidades e mexa-se, escolha escadas fixas, ao invés da rolante e elevadores, use mais o tênis e menos o carro, aprenda uma nova atividade física – natação, corrida, tênis, dança, musculação, não importa qual, importa que você tenha o hábito de fazer pelo menos 30 minutos de alguma atividade física por dia. Lembre-se que para alguma coisa se tornar um hábito você precisa gostar de fazer e fazer por um determinado período. Talvez você sinta uma dorzinha bem chata no começo, mas eu garanto que passa e que é bem menor que a dor de uma cirurgia ou similar. Obviamente que a minha recomendação é que você busque a ajuda de um profissional capacitado.
Sétima dica: tenha consciência de que toda mudança de hábito é um processo lento, requer paciência e principalmente determinação, porém trará benefícios incalculáveis para você e para sua família, e sabemos que valerá a pena. Coloque as suas metas no papel e veja-as sempre que pensar em parar.
Hoje, seu peso e sua saúde são frutos de seu estilo de vida dos últimos meses. Você não vai mudar o corpo do dia para noite, mas quando decidir mudar vai ser rapidamente notável. Não se compare a ninguém, busque a sua felicidade com um estilo de vida melhor.
[1] Nota do Organizador: Falaremos mais adiante sobre os efeitos do consumo excessivo de carnes, no texto Esteticamente Possível, página 65.
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